Mean Dreams | Filme

Mean Dreams

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Nathan Morlando, diretor e roteirista canadense, não tem nem uma década de carreira quando se trata da grande tela. Com dois filmes alternativos lançados e bem recebidos, ele começa a dar seus primeiros passos na construção de uma carreira na sétima arte.

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Assim como em seu primeiro filme, Edwin Boyd (2011), sua argumentação permeia a vida de tipos humildes, daqueles esquecidos pela realidade que vivem suas vidas sem serem notados. Seus indivíduos discretos e desabastados conhecem a penúria com a mesma intimidade que desconhecem justiça e equidade, logo desconfiam e desafiam o sistema. Para eles, as instituições de nada valem, são os rebeldes com causa.

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Jonas (Josh Wiggins) estabelece sua causa assim que se aproxima da jovem e solitária Casey (Sophie Néllise). Ela vive em um lar abusivo sendo repetidamente espancada pelo seu pai, o xerife corrupto Wayne Caraway (Bill Paxton). Jonas roubará uma bolsa contendo uma grande quantidade de dinheiro para fugir e recomeçar a vida com Casey. O problema é que o pai da moça tem interesses pertinentes no item roubado e os persegue implacavelmente.

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Desde Hegel e Marx, é notório que não há história sem dialética, que não há senhor sem escravo, nem explorador sem explorado, sendo o contrário também verdadeiro. A história marcha segundo as leis insolúveis da casualidade, contudo mesmo os mais subestimados homens podem interferir em determinadas vidas criando uma rede de causalidade.

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Na história daqueles taxados como vencidos, muitas vezes, embriagados pela fúria contra os ditos vencedores eles não percebem uma lógica inexorável, a fagulha que iniciaria a cadeia de ações até então inverossímil: a de que no fundo toda negação da negação acaba sendo também uma espécie de afirmação.

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por Elmar Ernani

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